A presente monografia destina-se a examinar a eficácia da Lei de Alienação Parental (Lei nº
12.318/2010) na efetivação da proteção sistemática da criança e do adolescente. Para tanto,
será investigada a evolução do Direito de Família, ressaltando a transição do enfoque
patrimonial para a tutela das pessoas, transformação esta observada no Direito Civil de modo
geral, bem como os direitos e garantias previstos na Constituição Federal de 1988 e no
Estatuto da Criança e do Adolescente, reconhecendo os infantes como sujeitos de direitos e
destinatários de proteção integral. Subsequentemente, esta pesquisa examina o estado atual do
conhecimento sobre alienação parental no Brasil, detalhando como tal prática se materializa
na realidade fática. Ademais, será conduzida uma investigação sobre a atuação dos operadores
do direito e demais profissionais envolvidos diante de alegações do fenômeno em questão,
além dos possíveis prejuízos biopsicossociais e psicológicos para as crianças e adolescentes
vítimas dessa prática. Além disso, serão examinadas as características e críticas à Lei de
Alienação Parental, bem como as atualizações promovidas pela Lei Federal nº 14.340/2022.
Assim, por meio da pesquisa científica bibliográfica, do método científico hipotético-dedutivo
e da abordagem qualitativa, será possível concluir, ao final, que a aplicação insuficiente da
legislação sobre alienação parental resulta em uma perda significativa de oportunidades,
representando um retrocesso na proteção dos direitos das crianças e adolescentes,
necessitando, portanto, de mecanismos apropriados para se alcançar a devida eficácia desta
norma essencial. Trata-se de um tema de grande relevância frente ao aumento das alegações
de alienação parental nos tribunais e ao movimento contrário à legislação em análise, sendo
urgente a conscientização adequada sobre o fenômeno pela sociedade brasileira e pela
comunidade jurídica.
Palavras-chave: Lei de alienação parental; eficácia; proteção sistêmica; criança e
adolescente; direito de família.