A Operação Faroeste, amplamente reconhecida como um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil e o mais significativo no âmbito do Judiciário baiano, revelou uma complexa rede de ilegalidades envolvendo grilagem de terras, venda de sentenças e a atuação de agentes públicos e privados. Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta uma minissérie documental intitulada Faroeste Não Acabou, que analisa os desdobramentos e reflexos desse esquema no sistema judiciário e na sociedade brasileira. Dividida em três episódios, a produção aborda, inicialmente, os aspectos técnicos e legais do caso, como a fragilidade do sistema fundiário e a falha registral brasileira. Em seguida, explora o modus operandi da corrupção, destacando a atuação de figuras centrais, como Adailton Maturino, e os impactos do corporativismo no Judiciário. Por fim, reflete sobre os desdobramentos e as consequências do caso, incluindo o aumento de declarações de suspeição por magistrados e a expansão das práticas corruptas para além da Bahia. Além disso, a minissérie levanta importantes questionamentos sobre o papel do Judiciário na preservação dos direitos fundamentais e na promoção da justiça social. Ao abordar a conexão entre corrupção, interesses políticos e a fragilidade estrutural das instituições, a obra aponta para a necessidade de maior vigilância por parte da sociedade. O trabalho destaca como os mecanismos institucionais fragilizados permitiram que agentes externos influenciassem decisões judiciais, comprometendo a confiança na Justiça. Além disso, a análise reforça a necessidade de conscientização pública para impedir a perpetuação de comportamentos ilícitos. A minissérie busca, assim, estimular o debate e contribuir para a construção de uma justiça mais transparente e ética. Palavras-chave: Operação Faroeste, corrupção judicial, grilagem de terras, sistema judiciário brasileiro, política.