PRÁTICAS ABUSIVAS EM OBSTETRÍCIA E ESFERAS DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL: UM OLHAR INTERSECCIONAL A PARTIR DAS PERSPECTIVAS GÊNERO E RAÇA

2024 | Graduação

Sara Vitória Conceição Gonzaga Santos

Este trabalho, por meio da análise de livros, periódicos, teses, jurisprudência, dentre outros mecanismos bibliográficos, utilizando o método hipotético-dedutivo para chegar a um resultado, busca analisar a violência obstétrica destacando como práticas abusivas durante o parto refletem as desigualdades de gênero e raça. A análise se inicia com uma reflexão sobre o contexto histórico, abordando conceitos como gênero, violência, dominação masculina, e a medicalização do parto, que transformaram um processo natural em um evento controlado por profissionais de saúde, muitas vezes desconsiderando a autonomia das parturientes, ademais, a pesquisa explora ainda as diferentes formas de manifestação da violência obstétrica, bem como suas repercussões na vida da estante. Sob uma perspectiva interseccional, o estudo evidencia que mulheres negras e de baixa renda estão entre as mais vulneráveis a essas práticas, devido ao racismo institucional e às desigualdades, isso se demonstra sob a análise de casos emblemáticos sobre o tema e análise doutrinária, por fim, essa pesquisa busca traz como resultado a urgência de políticas públicas e regulamentações específicas para enfrentar a violência obstétrica, sobretudo, em seu viés racial, e da necessidade de responsabilizar, de forma específica, os profissionais de saúde, considerando a urgência de práticas mais humanizadas e respeitosas. Isso implica não apenas em mudanças legais, mas também na promoção de uma cultura de cuidado que valoriza a dignidade e a autonomia das mulheres. Palavras-chave: Violência obstétrica; Gênero; Raça; Responsabilidade profissional.