Este trabalho propõe a reflexão acerca da sociedade contextualizada em nível de aceleradas mudanças, impulsionadas pela era digital, característica da pósmodernidade e da criminalidade desta época, em especial o Cyberstalking. A digitalização cria nas dimensões sociais que impactam vidas. Esses impactos alcançam as Ciências Criminais, pois a ela se socorre do conflitos da época. Todavia, há liquefação de comportamentos, valores, configuração diferentes da definição de bens jurídicos, suscitado por um caráter imaterial, cultural e transindividual, tem dificultado a construção doutrinária e legiferante quanto a esses fatores intrínsecos a modernidade liquida. O objetivo então, é analisar de forma interdisciplinar, interseccionalidades relacionados a criminalidade da era digital, crime de Cyberstalking e a influência da era nessa conduta. Primeiro, perquiriu-se aspectos conceituais de uma “modernidade líquida”, pontuou-se a possível relação dos atributos da pós-modernidade com mudanças sociais passiveis de facilitação da criminalidade. Em seguida, expõe-se novos elementos sociais produtos da era digital: a sociedade em rede; “infovíduo”; “figitais”; “cibercrimes”. Na sequência, se analisou fatores externos ao indivíduo que possam corresponder a vetores de condutas desviantes no contexto da pós-modernidade, fazendo-se uma leitura e reflexão com base nas “teorias da aprendizagem social” como proposições ao estudo da criminologia, em seguida discutiu-se aspectos da tipificação do Cyberstalking, por conseguinte refletiu-se sobre o comportamento do cyberstalking e possíveis relações somos aspectos comportamentais da sociedade diante das experiências vividas em meio ao uso das mídias digitais. Considerou-se forças interativas e o poder de comunicação na era digital como meio facilitador, a serem considerados ao estudo da criminalidade. Palavras-chave: Modernidade Liquida; Ciências Criminais; Era Digital; Cyberstalking; Aprendizagem Social