Os crimes do colarinho branco, originados pela definição de Edwin Sutherland, são completamente adstritos ao saber criminológico. Em virtude disso, a presente monografia busca, como objetivo geral, analisar as repercussões sócio jurídicas dos crimes de colarinho branco no Brasil e a importância do Ministério Público na persecução penal destes crimes e para a sociedade. Medita a teoria sobre as suas características contrapondo-as aos quesitos dos crimes do colarinho azul, buscando conceituar e compreender as suas distinções e peculiaridades, avistando que não trata-se de modo equitativo o criminoso do colarinho branco e o criminoso comum, já que é de ciência de todos que por meio do controle social, estigmatiza-se e etiqueta-se este último, consentindo que a primeira classe aqui posta escape pelo filtro, que se mostra seletivo, do sistema jurídico penal. Este trabalho de conclusão compreenderá uma revisão de literatura do tipo integrativa e de natureza exploratória. Através da revisão de literatura, elaborada a partir de livros, artigos, dissertações e revistas jurídicas, procura-se explorar e compreender as contribuições científicas de um determinado tema. O trabalho foi fundamentado chegando à conclusão que os crimes de colarinho branco causam danos, muitas vezes, irreparáveis para a coletividade, por óbvio, não se limitando aos perímetros da individualidade de determinada pessoa, cerceando múltiplos direitos difusos dos cidadãos, deixando claro que o modo com que o atual sistema penal brasileiro lida com esses crimes é completamente imoral e ofensivo para a sociedade, ao passo que este mesmo sistema trata com muito mais vigor e altivez os autores de crimes comuns. Palavras-Chaves: Crime do colarinho branco. Persecução Penal. Ministério Público