ANÁLISE DA (IN)CONSTITUCIONALIDADE DE REDUÇÃO DA RENDA MENSAL INICIAL DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE DECORRENTE DE AUXÍLIODOENÇA PREVIDENCIÁRIO A PARTIR DA EC Nº 1
2022 | Graduação
Marcos Rodrigues de Oliveira
O presente trabalho monográfico destina-se à análise jurídica da Emenda
Constitucional nº 103/2019, assente pelo poder constituinte reformador,
especificamente no tocante aos benefícios de auxílio por incapacidade temporária e
aposentadoria por incapacidade permanente, em relação à nova metodologia de
cálculo advinda a partir do art. 26 desse instituto normativo, que implicou em redução
do valor da renda mensal inicial dos benefícios. Tal análise será feita com fulcro no
princípio da dignidade humana, vetor axiológico da Constituição Federal de 1988,
perquirindo a relevância semântica do art. 1º, inciso III, da CF/88 frente ao papel da
Previdência Social na promoção da vida digna. Será delineada investigação do
princípio da vedação e sua aplicabilidade aos direitos sociais, bem como o direito ao
mínimo existencial como manifestação da dignidade da pessoa humana, buscando
demonstrar a (in)adequação do direito ao mínimo existencial diante a doutrina da
reserva do possível sob sua perspectiva material, elencado para tal as noções
constitucionais, a exemplo do artigo 6º, § único, da CF/88, e a perspectiva estatal de
promoção ativa da dignidade da pessoa humana. Ademais discutirá a juridicidade e
as hipóteses fáticas dos benefícios de auxílio por incapacidade temporária e da
aposentadoria por incapacidade permanente, considerando sob a ótica de ser
instrumentos de maior tutela do sujeito de direito. Por fim, será analisada a redução
da renda mensal inicial com base no entendimento hodierno da jurisprudência e
doutrina ante ao texto constitucional, no que concerne à vida digna
Palavras-chave: Dignidade humana; aposentadoria por incapacidade permanente;
retrocesso social; inconstitucionalidade.