MANIPULAÇÕES BIOLÓGICAS EM CÉLULAS GERMINATIVAS E EMBRIONÁRIAS: CLONAGEM E ENGENHARIA GENÉTICA NO DIREITO BRASILEIRO
2016 | Graduação
Amanda Inácio Gordilho Freitas
Trabalho destinado à análise das manipulações biológicas em células embrionárias e
germinativas enquanto questão recente ao contexto brasileiro. Para melhor
compreender o tema, surge a necessidade de examinar o direito fundamental à
proteção ao patrimônio genético da humanidade, analisar o biodireito, como
microssistema jurídico, seus princípios norteadores e a bioética. É feita também uma
breve análise acerca do sistema normativo, a fim de se compreender o que fazer em
caso de conflito entre normas. A partir disso, levanta-se a essencialidade de
conceituar a engenharia genética, examinar o Projeto Genoma Humano e apresentar
a terapia gênica em células germinativas e em células somáticas. Busca-se, ainda,
explorar o crime do art. 25 da Lei de Biossegurança e a sua adequação ao princípio
da taxatividade. Em seguida, é feita a análise da clonagem, distinguindo suas
espécies de acordo com a finalidade, isto é, para fins terapêuticos ou para fins
reprodutivos, para se avaliar os benefícios e malefícios de cada uma delas, além da
tipificação do art. 26. Depois disso, busca-se explorar quais destas são permitidas e
quais são proibidas pelo ordenamento jurídico brasileiro, onde está inclusa a Lei
11.105 de 2005. Além disso, procura-se analisar os direitos fundamentais que estão
sendo afetados diretamente com a proibição da engenharia genética e da clonagem
como o direito à vida e o direito à saúde. Chega-se, então, ao momento de ponderar
os direitos em questão para determinar se a proibição é justificável ou não.
Palavras-chave: biodireito, engenharia genética; terapia gênica; clonagem; saúde
pública; direito à vida.