O presente trabalho tem por objetivo realizar um estudo acerca da tributação da renda obtida através da cessão do direito de imagem de atletas profissionais. Em um cenário onde o direito de imagem, antes visto apenas sob a ótica personalíssima, assume um aspecto patrimonial relevante discute-se a possibilidade da exploração econômica deste mediante instrumentos negociais próprios do direito privado. Para tanto, primeiramente, a pesquisa discorre sobre a evolução histórica deste direito personalíssimo, analisando os seus principais aspectos frente a esse contexto mercantilizado, trazendo diferentes doutrinas para então avançar sobre uma análise geral da tributação da renda. Outrossim, o presente trabalho traz também informações relevantes acerca do sistema de tributação da renda no Brasil, através do imposto de renda, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. Ademais, serão verificados os limites trazidos pelo ordenamento jurídico sobre a cessão de um direito personalíssimo para exploração econômica, isso porque, essa parcela vem sendo objeto de inúmeros questionamentos no mundo jurídico, haja vista ter se tornando comum a prática de declarar o salário como verba decorrente de direitos de imagem, a fim de lesar a arrecadação tributária. Em tempo, destaca-se que, através de um breve levantamento das jurisprudências do CARF, percebeu-se que inexiste entendimento pacífico quanto à possibilidade de cessão do direito de imagem do atleta para uma pessoa jurídica e, se a ausência de demonstração da exploração efetiva da imagem, altera a natureza do contrato. Assim sendo, em que pese a controvérsia jurisprudencial, o trabalho busca demonstrar que não há ilicitude na constituição de uma empresa para gerir as cessões do direito de imagem do atleta, pessoa jurídica essa que deverá ter sua renda tributada pelo imposto de renda das pessoas jurídicas. Palavras-chave: Imposto de Renda; Atleta Profissional; Cessão de Imagem; Direito Personalíssimo.