A INCONSTITUCIONALDIDADE DA SÚMULA 231 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM FACE DO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
2020 | Graduação
Lucca Nascimento e Nascimento
O presente trabalho analisa a inconstitucionalidade da Súmula 231 do Superior
Tribunal de Justiça quando cotejada junto ao princípio constitucional da
individualização da pena. Para tanto, será demonstrado o que se entende por pena,
suas espécies e sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro, percorrendo cada
etapa do sistema trifásico, de modo que se fundamente qual o método e suas
particularidades para se aplicar a sanção privativa de liberdade. A seguir, trata-se do
princípio da individualização da pena em si, enquanto construção histórica e sua
positivação no sistema jurídico pátrio através de norma constitucional. Ademais,
pretende-se explicitar as etapas e divisões dentro do próprio princípio da
individualização da pena, devendo estas ser percorridas para que se encontre a
pena justa e individualizada. Neste ponto, busca-se demonstrar qual o fundamento
para considerar que ocorreu a devida individualização da pena. Ato contínuo,
desvela-se os fundamentos jurisprudenciais e legais da Súmula 231 do Superior
Tribunal de Justiça, principalmente diante da Constituição Federal. Assim, traça-se
quais fundamentos embasam o enunciado. Por fim, diante da constatação dos
fundamentos da súmula, é reconhecida a inconstitucionalidade desses fundamentos,
mormente em face do princípio da individualização da pena, sendo necessária a
superação dos precedentes postos e que embasaram a sedimentação da
jurisprudência.
Palavras-chave: Dosimetria; Aplicação da pena; Súmula 231 do Superior Tribunal
de Justiça; Individualização da pena; Atenuantes; Superação de precedentes.