Por conta da grande quantidade de notícias e a sua facilidade de acesso às notícias, a sociedade vem alterando seu comportamento a essa nova realidade. As informações são fornecidas direcionadas e filtradas a bolhas sociais específicas, com seus participantes ignorando a sua veracidade. A partir disso, há o abuso desse vetor conveniente para disseminações das fake news. As notícias inverídicas destroem o processo democrático eleitoral ao desenvolver um ambiente com excesso de desinformações e sem qualquer diálogo ou debate. O trabalho é destinado à análise dos impactos da utilização das fake news e do fenômeno das bolhas durante as campanhas eleitorais e o detrimento da Democracia brasileira. Será realizado um estudo sobre a candidatura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições de 2016, e a do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em 2018, e sobre a disseminação em massa de fake news com a intenção de manipular os eleitores, com a colaboração de empresas de marketing eleitoral e softwares de exame de personalidade, que se valem do processo biológico intitulado de viés cognitivo. Além disso, serão tratados os desafios da democracia em delimitar o que são notícias falsas como método antidemocrático e a liberdade de expressão, em específico os reflexos no campo jurídico-regulatório. Assim, a finalidade do presente estudo é averiguar como as fake news impactaram em uma eleição democrática, mudando de patamar, abandonando a simples propaganda e transformando a ser um meio de manipulação e indução, e a relação com as bolhas sociais, demonstrando como esta se torna um facilitador para a disseminação das propagandas falsas em massa. Por fim, entender se há culpado para essa conduta, e as possíveis sanções. Palavras-chave: Fake news; Bolhas Sociais; Liberdade de Expressão; Propaganda Eleitoral; Democracia; Eleições.